Projetos auxiliam mães no retorno ao trabalho

O mercado de trabalho não está preparado para receber a mãe. Preconceitos sobre a produtividade da mulher com filhos por conta de possíveis faltas e atrasos fazem com que 50% das brasileiras sejam demitidas até dois anos depois da licença-maternidade, segundo pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV). 

 

O estudo realizado entre 247 mil mães com idade entre 25 e 35 anos aponta também que após os seis meses de estabilidade a chance de uma mãe ser demitida é de 10%.

 

Dados como esses tem provocado diversas iniciativas no intuito de promover a inclusão materna do mercado de trabalho. Uma delas é o Contrate Uma Mãe, um banco de currículos online em que “mulheres de todas as idades, com filhos, que buscam uma recolocação profissional, podem cadastrar seu currículo no site, incluindo até um pequeno texto sobre as habilidades adquiridas graças à maternidade. Por sua vez, as empresas que apoiam o projeto recebem da agência esses currículos para avaliação – sem qualquer obrigação de contratação  – e respondem diretamente a essas candidatas”.

 

Há ainda o coaching materno: coachs focadas especificamente no reposicionamento de mulheres que, após a maternidade, não encontram mais no modelo de trabalho convencional a inspiração e o reconhecimento corporativo.

 

Exemplo desse olhar é o trabalho das coachs Renata Cintra e Lucia Korkes, da Korkes & Cintra Coaching. A dupla desenvolveu o RELUZ – Edição Especial:  Mulheres e a Vivência Profissional, “processo de coaching de carreira em grupo que investiga, conscientiza, esclarece e apoia a construção de direções alinhadas com a essência de cada um, seus valores, propósitos, habilidades, para que escolhas profissionais tragam realização e satisfação”.  Os encontros são periódicos e todas as informações podem ser colhidas no site da empresa.

 

Outros movimentos e grupos se reúnem com a intenção de fomentar o trabalho materno. Procure na sua cidade o que melhor se encaixa com sua rotina. 

 

Conciliar trabalho e vida materna não é fácil e apresentar essa realidade para a sociedade é fundamental. Apesar de óbvio, normalmente essa questão passa desapercebida, causando mais constrangimento nas mães que, por isso, acabam considerando que o problema é exclusivamente delas. A sociedade precisa mudar e repensar a força de trabalho feminina, começando por reconhecer a alta potência da mãe e respeitando a flexibilidade necessária para que ela possa exercê-la.

 
Somos Mãeshttps://somosmaes.com.br/
A Somos Mães é uma ONG e uma empresa do setor 2,5 que nasceu em agosto de 2014. Com o objetivo de informar e acolher, produz conteúdo que impacta diariamente mais de 300 mil pessoas. Tem dois projetos incentivados pela Lei Rouanet.

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