Muitas mamães, especialmente as de primeira viagem, tem muitas dúvidas a respeito de quando introduzir a alimentação complementar, e pretendemos, neste artigo, buscar solucionar algumas destas incertezas.
Até o sexto mês de vida, o ideal é que os bebês se alimentem somente com o leite materno. Nesta fase, não se deve oferecer chás, sucos, outros leites e nem mesmo água, já que o leite materno contém todos os nutrientes que a criança necessita, além de auxiliar na prevenção de doenças.
A partir dos 6 meses, o organismo já está preparado para receber outros alimentos (além do leite materno), que são chamados de alimentos complementares. Se possível, o ideal é que a criança continue mamando no peito até completar 2 anos de idade.
Importante lembrar que muitas mães não conseguem amamentar até o sexto mês, e nestes casos a introdução de novos alimentos deve acontecer aos 4 meses de idade, intercalando as papinhas com fórmulas infantis.
No início da alimentação complementar (após os seis meses), a criança deve receber três refeições ao dia (por exemplo: café da manhã, almoço e lanche da tarde), sendo duas papas de fruta e uma papa salgada. É importante ressaltar que as refeições devem ser oferecidas sem rigidez de horário, respeitando sempre a vontade da criança.
No oitavo mês, deve ser iniciada a segunda papa salgada e, a partir dos 12 meses de vida, além destas 4 refeições, se inicia uma quinta refeição pela manhã.
Durante essas fases mencionadas, o leite materno deve ser oferecido em livre demanda. Porém, não é recomendável amamentar 1 a 2 horas antes e após as principais refeições, para que os sinais de fome e saciedade sejam respeitados, e também para não prejudicar a absorção do ferro presente em alimentos como a carne.
Na impossibilidade do aleitamento materno, o ideal é oferecer 4 a 5 refeições ao dia, desde o início da alimentação complementar.
Sugiro que a primeira novidade da alimentação complementar seja fruta, que deve ser oferecida, inicialmente, amassada ou raspada com a colher. É importante dar a mesma fruta por dois ou mais dias, para que o pequeno aprenda a diferenciar os sabores e também, para que a mãe possa observar tanto a aceitação, quanto se a criança apresenta algum tipo de alergia. Os sucos de fruta não devem ser oferecidos com frequência, por não estimular a interação da criança com o alimento e nem a mastigação.
Sugestões de frutas para iniciar a alimentação complementar: Maçã Argentina, Banana Maçã, Pêra, Mamão Papaya, Laranja Lima, Abacate, Pêssego, Melancia e Melão.
Maria Fernanda Naufel
Doutoranda em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM (iniciado em 2014).
Título de Mestre em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM (concluído em 2009).
Título de Especialista em Nutrição Pediátrica pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP/EPM (concluído em 2005).
Carreira desenvolvida na área acadêmica e de nutrição clínica, com sólida experiência em nutrição infantil, nutrição clínica e nutrição em nefrologia.
Graduada em nutrição pela Pontifícia Universidade Católica – PUC-Campinas (concluído em 2004).