É bastante comum as crianças gostarem de passar seu tempo em contato com o papel, seja desenhando, rabiscando ou colando. O que muitos pais não sabem é que o processo de criação artística merece atenção e é muito importante para o desenvolvimento individual da criança.
Segundo Christine Bruder, psicóloga, psicanalista e fundadora berçário bilíngue Primetime Child Development, em primeiro lugar, é indispensável que os pais acompanhem este processo: “Tenha em casa materiais dos mais variados tipos, além de procurar estimular o uso de outros, como pinceis e lápis, e, principalmente, não entregar desenhos prontos para o seu filho apenas pintar e nem apresentar modelos para cópias”. De acordo com a profissional, os pais devem saber que a arte é uma expressão livre e “não precisa parecer com nada, nem agradar aos outros”.
A partir desses estímulos a criança tem total liberdade para criar aquilo que bem entender: “A falta de exemplos ou limitações fazem com que os pequenos explorem ainda mais sensorialmente o material”, explica.
Confira abaixo as dicas de Christine:
– Quanto menor a criança maior deve ser o papel. Até os 3 anos de idade nada menor do que uma cartolina deve ser oferecida.
– Quando a criança considerar sua arte terminada, pergunte a ela se ela quer seu nome no papel. Se disser sim, questione: “Onde você quer seu nome? Ponha o dedinho”. Escreva onde a criança indicar. Se ela disser: “Eu sei escrever meu nome”, dê a caneta a ela. Se a criança não se interessar ou não quiser seu nome no papel, respeite. Deixe que ela conduza e se aproprie do processo.
– Resista à vontade de perguntar: “O que é isso?”. Aliás, resista à vontade de perguntar qualquer coisa. Se uma criança corre até você dizendo: “Olha, olha!” faça exatamente isso, olhe, pois a criança não disse “Olha e comenta”. Você pode pedir que ela te conte se gostou de fazer, que cores preferiu, o que achou.
– Se uma criança perguntar “Você gosta do meu desenho?”, devolva a questão. Vire o papel de cabeça para baixo ou em 45º e diga: “E se eu segurar assim. Ou assim?”.
Texto: Communica Brasil