A inflexibilidade do home office para as mães

A pandemia do coronavírus mudou os modos de comportamento de todo o mundo. Uma das áreas mais afetada foi o mercado de trabalho. Com o isolamento social, o trabalho remoto tornou-se uma solução não só temporária, mas de longo prazo para as empresas. Todavia, embora seja um ótimo modelo de trabalho, muitos empregados têm dificuldade em manter a rotina de serviço aliada à domiciliar, a saber, as mulheres.

A gestora de carreira e empresária Madalena Feliciano explica que “por não ter deslocamento e, em geral, menos distrações com colegas de trabalho e outros problemas no presencial, o trabalho remoto é considerado produtivo e com bons resultados para empresa. Todavia, isso pode sobrecarregar os funcionários, principalmente as mães”.

Apesar de ter mais tempo dedicado especialmente ao trabalho, no formato remoto as empresas devem considerar outras distrações sofridas pelos funcionários que são oriundas dos próprios lares. Em uma pesquisa da Ticket, foi revelado que mais da metade das mulheres cuidam dos filhos durante o home office. A gestora explica que “conciliar rígidas horas de trabalho com as crianças em casa é uma tarefa difícil que centenas de mulheres realizam todos os dias. Assim, os setores de RH das empresas devem se atentar à flexibilização desse modelo de trabalho”.

Portanto, ao passo que o home office proporciona, em tese, uma maior produtividade no trabalho e um menor tempo de dedicação que dispensa o deslocamento, diversas mães têm de aliar o trabalho com a rotina domiciliar que abrange os filhos e ainda tarefas domésticas. Desse modo, contar com o auxílio e a compreensão das empresas é estritamente necessário.

O home office, por muito tempo, foi considerado um trabalho bastante duvidoso. Todavia, com a pandemia, ele foi instaurado à força e viu-se, portanto, que, quando feito da maneira correta, essa modalidade é bastante eficiente. Entretanto, para que ele realmente funcione, não basta que apenas um lado da corda mostre-se firme. “A empresa deve oferecer recursos como a flexibilização do horário de trabalho e auxílios que possibilitem um maior equilíbrio entre família/afazeres e trabalho remoto”, alerta a especialista.

Nessa modalidade, a realidade de cada funcionária fica ainda mais acentuada no trabalho, já que ele é desenvolvido dentro dos próprios lares. Portanto, a consideração da empresa com relação à vivência diária de cada mãe, pai e trabalhador é de vital importância se essa quiser manter um quadro de colaboradores fiéis e dedicados. Para finalizar, Madalena afirma que “levar em conta a vida de cada funcionário é estabelecer uma cultura de sensibilidade e acolhimento dentro da empresa. Permitir um maior controle de horário e tarefas por parte dos funcionários é um dos diversos passos que a empresa deve tomar rumo a um negócio mais humano”.

Madalena Feliciano – Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

Somos Mãeshttps://somosmaes.com.br/
A Somos Mães é uma ONG e uma empresa do setor 2,5 que nasceu em agosto de 2014. Com o objetivo de informar e acolher, produz conteúdo que impacta diariamente mais de 300 mil pessoas. Tem dois projetos incentivados pela Lei Rouanet.

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