Nos primeiros anos de vida do bebê ocorrem diversas modificações que são importantes para o seu desenvolvimento de habilidades cognitivas e motoras.
Conforme as etapas e processo de maturação da criança, o organismo torna-se apto a desenvolver seu processo de crescimento global de forma linear. Logo, a carência da estimulação nos primeiros anos de vida de uma criança diminui o ritmo do processo evolutivo e aumenta as chances de transtornos psicomotores, sócio-afetivos, cognitivos e da linguagem.
Já está comprovado que muitos problemas relacionados ao desenvolvimento infantil ocorrem por ordem pré-natal, perinatal ou pós-natal. Alguns casos podem ser identificados precocemente e tratados de modo a evitar danos no desenvolvimento da criança.
Há crianças que nascem com problemas que poderão gerar limitações no desenvolvimento em diferentes áreas e com intensidades variadas, esses se diferenciam dos outros tipos de problemas pela natureza de seus sinais e sintomas, pelas formas de tratamento e pelas possibilidades de intervenção no sentido de gerar ou não deficiências nos seus portadores.
Mesmo em crianças muito pequenas é possível perceber se está existindo algum dano ao processo evolutivo, como sinais de alerta aos distúrbios de desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida observa-se alguns exemplos:
Motora: alteração no tônus muscular (hipotonia – redução ou perda do tono muscular -, hipertonia – tensão muscular exagerada ou permanente do músculo em repouso -, localizadas ou generalizadas), posturas anormais, atraso na aquisição de habilidades, etc.
Visual: ausência de reação a luz, desvio fixo de um ou ambos os olhos, quedas constantes, etc.
Auditiva: Ausência de reação a sons ou percepção apenas de sons muito intensos, ausência ou pobreza de emissão de sons, atraso ou impossibilidade na aquisição da linguagem, irritabilidade ou apatia constante, entre outros.
Mental: pobreza de contato visual, respostas inadequadas, pobres ou ausentes aos estímulos sensoriais ou motores, alterações de comportamento, irritabilidade ou apatia, indiferença às pessoas e ou ao meio, ocorrência de crises convulsivas, condutas estereotipadas, tiques ou manias, etc.
Em relação à prevenção primária, salienta-se a assistência pré-natal, a prevenção de fatores de risco perinatais, a orientação aos familiares quanto ao aleitamento materno, o fortalecimento de laços afetivos que propiciam a integração e bem-estar familiar.
Na prevenção secundária, a detecção de problemas peri e neonatais, identificação de fatores presentes no período inicial de desenvolvimento como os distúrbios de comportamento, condições orgânicas e psicológicas e participação dos pais ou responsáveis em programas de atendimento.
A prevenção terciária exige atenção continuada aos fatores de risco persistentes e aos seus efeitos no desenvolvimento da criança, identificação e diagnóstico precoce das possíveis deficiências e envolvimento familiar.
Identificar é urgente e necessário por várias razões, pois depois de detectado o problema, os pais serão orientados pelos profissionais quanto a conduta e a melhor intervenção a ser utilizada, diminuindo os graus de inadaptação resultantes da patologia que fora diagnosticada, minimizando os efeitos cumulativos de problemas de desenvolvimento da criança.
A identificação precoce é uma alternativa indispensável quando não houve prevenção pré, peri e pós-natal, podendo garantir um controle de desenvolvimento infantil através de estudos do crescimento, da nutrição, da maturação social e do desenvolvimento linguístico e psicomotor.
O estímulo deve acontecer logo nos primeiros meses, tornando menores as probabilidades de se intensificar problemas, minimizando assim danos a evolução da criança, danos esses decorrentes de fatores ambientais e orgânicos, tanto de ordem física como psicológica.
Ficar atento ao desenvolvimento de seu filho é a melhor forma de ajudá-lo!