Como já visto, a relação mãe e bebê é o que promove segurança na criança. Logo, durante os primeiros anos, a presença da mãe é fundamental para auxiliar a desenvolver a autoconfiança e autonomia.
Alguns fatores são fundamentais para que o bebê receba estímulos adequados como:
1) saber o que cada fase de crescimento desenvolve;
2) respeitar a maturidade;
3) valorizar suas conquistas;
4) dar apoio emocional para executar os exercícios;
5) dialogar com o bebê durante as brincadeiras;
6) o ambiente não pode ser poluído por excesso de brinquedos;
7) Não exigir e não antecipar habilidades. Cada criança desperta a seu tempo tais conquistas;
8) Brinque junto com seu filho, você é a referência para ele;
9) Não confundir suporte com superproteção ao executar as atividades. A criança precisa lidar com as frustrações também para crescer.
Todas as fases são fundamentais que seu filho passe para obter um bom desenvolvimento. Para isso, é importante conhecer quais transformações o bebê passa até os dois anos de idade.
Segue abaixo as principais transformações corporais, fase a fase:
- Recém-nascido até o terceiro mês, o bebê ainda desperta o corpo, pois está me “fase uterina” de rigidez natural, e gradativamente, vai soltando através de relaxamento.
- No terceiro mês o tônus muscular da nuca e do pescoço vai se organizando em funções dos eixos corporais. Ao passar da posição deitada e sentada com apoio, sua cabeça tem que se manter bem firme, o pescoço serve de suporte firme a fim de que a criança possa orientar o olhar em direção a um estímulo visual e sonoro.
- Do sexto ao oitavo mês, o bebê vai conquistar a verticalidade e equilibrar-se em posição sentada. Esta aquisição vai permitir que o bebê tenha maior autonomia e maior visão do ambiente, graças à possibilidade de aperfeiçoamento dos movimentos associados dos olhos e da cabeça. Nessa posição o bebê se sentirá mais seguro nas experiências com manipulação, já os braços estão liberados e o tono da cintura escapular está bem desenvolvido.
- Dos nove aos doze meses, o bebê reforça a cintura pélvica, primeiro rastejando, depois engatinhando, ultrapassando objetos, fatores estes, indispensáveis para as outras fases evolutivas do bebês para ficar em pé. Entre o décimo e doze meses, o bebê ficará de pé com apoio e passará a andar primeiro titubeando e depois com mais firmeza.
- Dos doze a vinte quatro meses, o bebê firma a marcha, para obter um equilíbrio geral. Este equilíbrio, que ainda é precário vai se firmar com o próprio exercício da marcha, que será uma atividade dominante neste período.
As habilidades corporais citadas acima estimulam o desenvolvimento psicomotor de base, e toda a base de movimento parte de movimentos rígidos e primitivos, para em seguida, ocorrer o despertar do corpo ao meio em que vive e suas experiências. E, aos poucos, a criança vai descobrindo e ampliando novas possibilidades motriz, partindo de gestos simples, a outros mais complexos, e, passa a executar, a elaborar e a controlar melhor o seu corpo e movimentos.
Portanto, o bebê vai organizando suas funções corporais quanto ao seu tônus, coordenação e equilíbrio. E, gradativamente, vai construindo a noção do “Eu” no mundo onde vive. E, por fim, o bebê se fortalece emocionalmente e cognitivamente através de toda sua experiência exploratória. Por isso, mamães, estimular adequadamente cada fase do bebê fará toda diferença no seu desenvolvimento motor e emocional e neurológico de base.