O Desmame pode ocorrer em vários momentos e, não somente, quando a mãe decide ou o bebê demonstra autonomia para tanto.
Importante destacar que ele é um processo que pode se iniciar com a introdução alimentar, mesmo que a mãe ainda não tenha em mente esse momento.
A Organização Mundial da Saúde preconiza amamentação exclusiva até que o bebê complete 6 meses de vida e até os 2 anos em complemento alimentar.
É na apresentação de alimentos novos que começa também uma regulação das mamadas, segundo orientação de um pediatra ou nutricionista-pediátrico, para que sejam ofertados ao bebê todos os nutrientes advindos dos alimentos e complementados pelo leite materno.
Uma conduta coordenada e bem elaborada, neste sentido pode garantir uma amamentação mais prolongada. Exatamente por isso, o desmame feito de maneira abrupta pode influenciar todo o conhecimento de novos alimentos e criar desconfortos emocionais.
É no desmame que se dá início a outras formas de comunicação entre mãe e filho. “Se comunicam além do seio”.
Entre 7 a 10 meses, o bebê pode apresentar maiores buscas pelo seio da mãe, isso porque neste período o bebê passa por um “Salto de Desenvolvimento” bem característico que pode alterar, inclusive, seu padrão de sono e alimentar.
A busca maior pelo seio da mãe ocorre nesse marco, considerado “Angústia da Separação” onde o bebê começa a entender que é independente da mãe e isso pode deixá-lo mais inseguro, ansioso, carente. Estar com a mãe é tão forte para ele, que uma mera saída de vista por um segundo, poderá levá-lo a acreditar que a mãe não voltará.
É nesta ocasião que a mãe confunde, acreditando que isso seria um efeito do desmame, enquanto na verdade, faz parte do seu desenvolvimento, e que acontece na mesma época da introdução alimentar e das mamadas mais reguladas.
Tratam-se de muitos fatores em um só momento e que não necessariamente estão ligados ao desmame.
O desmame não significa sair e perder o seio, perder o amor da mãe. O que deve ocorrer quando do processo de desmame é o melhor desenvolvimento da comunicação entre mãe e filho. Ambos criarem outras formas de se comunicarem com a mesma atenção e o mesmo amor.
E a introdução alimentar ajuda nesse processo quando também auxilia na socialização dessa criança, que passa vir à mesa comer, socializando-se com outras pessoas, isso, claro, não sendo uma obrigatoriedade para desmamar.
O desmame, quando natural, não é perda, é na verdade, o momento onde a criança cria novas possibilidades emocionais, ganha prontidão.
Na semana que vem conversaremos mais sobre o desmame e sobre possíveis sinais que o seu bebê pode apresentar de que está pronto para esse momento.
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