Este tema já foi abordado anteriormente, retornar a ele é reforçar a sua importância e consequências que possam gerar ao longo da vida.
Depois da amamentação, preferencialmente exclusiva até os 6 meses, inicia-se a introdução de alimentos para complementar as necessidades de vitaminas e minerais, além de macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras). Idealmente, a amamentação deve ser continuada pelo menos até os 2 anos, segundo a Organização Mundial da Saúde.
Um dos motivos para a introdução é a necessidade da continuidade do fortalecimento da musculatura para postura adequada das estruturas fonoarticulatórias (lábios, língua, palato e bochechas). As mamadeiras e bicos devem ser abolidos, por não ter necessidade para introdução do alimento e por provocar o desmame precoce. Os copos de transição para ingestão de líquidos são efetivos.
Ainda no aspecto fonoaudiológico, a forma como o alimento é oferecido é de suma importância para proporcionar uma situação confortável, prazerosa e de competência. Como assim competência? A mastigação se inicia neste momento, cada alimento tem sua textura e dureza. Os alimentos mais pastosos sempre são aceitos com mais facilidade, mas não favorece o aprendizado da mastigação. Diferente do que as mamães, vovós e cuidadoras acham, comer muito rápido, com distração e insistências não gera uma alimentação saudável.
Na parte nutricional, existem diversas maneiras de iniciar a introdução alimentar: o método tradicional e o Baby Led Weaning, ou BLW, ou introdução alimentar participativa. Independente do método escolhido pelos pais, é importante garantir alimentos com qualidade e sem muitas misturas. O BLW usa pedaços inteiros de alimentos e permite que o bebê faça a própria alimentação. Ele tem sido apontado como uma boa opção para autonomia dos bebês e com algumas vantagens relacionadas à musculatura facial e de coordenação motora. Entretanto é importante procurar um profissional nutricionista ou fonoaudiólogo capacitados para a realização do método.
O ato de comer é um aprendizado que acontece durante nossa infância, momento que iniciamos nossa interação com as pessoas, objetos e situações. No decorrer deste período podem acontecer algumas intercorrências que podem impedir uma alimentação saudável, tais como causas orgânicas e comportamentais. O que pode estar ocorrendo? Qual a relação com os bloqueios?
Registros ruins de alimentação podem gerar uma recusa alimentar, desde um desconforto (dor na barriga), insistência ou tensão no momento das refeições. Por isso este aprendizado deve ser preparado para uma boa aceitação, prazer e satisfação.
Ficou com alguma dúvida? Escreve para gente!
Artigo escrito em parceria com Vicky Nogueira Pileggi
MINI CURRÍCULO
Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade de São Paulo (USP)
Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade de São Paulo (USP)
Graduada em Nutrição e Metabolismo pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP)
MBA Executivo: Internacional em Gerenciamento de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV)
Pós-graduanda na VP Da Concepção à Adolescência
ATUA EM:
Saúde da Mulher
Concepção
Gestação
Lactação
Emagrecimento
Re-educação alimentar
Saúde da Criança e do Adolescente
Introdução alimentar
Hábito alimentar