Semana passada, conversamos sobre a importância da autonomia para o processo de desmame e como isso envolve questões emocionais de perdas, bem como, novas formas de comunicação do bebê com a mãe e de socialização.
Como o desmame é de fato um processo ao qual a criança e a mãe vão desenvolvendo, próximos aos 8 a 9 meses, o bebê começa a apresentar alguns sinais de que está pronto para essa nova fase:
– Puxa a blusa da mãe para se satisfazer sozinho;
– Fala mama, tetê;
– Mama em um peito e segura o outro (delimita o território);
– Distrai-se com outros elementos quando solicita o peito, indicando que naquele momento poderia ser outra atividade que não amamentação; ex.: solicita o peito e a mãe oferece brincar com um boneco e ele aceita.
Esses são alguns marcos que indicam autonomia do bebê com relação à amamentação, mas é importante destacar que são “marcos iniciais e indicativos” de um possível processo de desmame, isso não significa que nessa faixa etária entre 8 a 9 meses, o bebê deve ser desmamado, até porque cada bebê tem seu desenvolvimento, seu tempo, sua individualidade.
E, nesse contexto, tem-se ainda a introdução alimentar, tão importante, afinal trata-se de um ato social que deve ser protegido, com rotinas e hábitos.
A responsabilidade dos pais está onde o processo alimentar é oferecido de forma coordenada, ou seja, introdução alimentar e regulação de mamadas.
Com o ganho da autonomia nesta fase, o bebê também começa a entender que existe uma hierarquia entre ele e a mãe, que alguém superior toma as decisões por ele, porque ainda não sabe fazê-lo.
Essa condução é importantíssima para formação da socialização da criança.
Fato é que como mães, não conseguiremos suprir o tempo todo as fragilidades dos nossos filhos e, em termos emocionais, o desmame tem início quando da separação da mãe e bebê, passando pelo momento em que o bebê ganha mais autonomia e a mãe entende com clareza, que pode dar amor de outras formas.
E isso, não tem data, nem fase… isso é da relação mãe e filho!
O processo de desmame envolve todos esses fatores emocionais e, por isso, deve ser feito de forma gradual, respeitando os limites da criança, avaliando a sua prontidão, bem como, os da mãe e de toda a família.
A Organização Mundial da Saúde preconiza amamentação exclusiva até os 6 meses e complementar até os 2 anos de idade.
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