Talvez uma das questões mais existenciais da mulher moderna é: “qual a idade certa para ser mãe?” A busca pela melhor educação, ascensão laboral e vida pessoal fazem com que a maternidade pareça algo longínquo. E isto é um problema: o tempo para mulher é ouro.
Em recente pesquisa com executivas de Wallstreet, centro financeiro americano, mais de 90% acreditavam que poderiam ser mãe quando quisessem e não se preocupavam com a idade. A nossa sociedade moderna não levou em consideração que a função reprodutiva feminina é finita, pois o número total de óvulos já está determinado desde o nascimento e não há como parar o tempo. Do ponto de vista de resultados em tratamentos a melhor etapa para se engravidar é até os 35 anos, fato! Depois disso é uma corrida contra o tempo.
Não discuto que uma gestação precoce é conturbada, mas tenho convicção que os piores momentos no consultório são daquelas mulheres que priorizaram a vida profissional, patrimonial e pessoal, em detrimento a gestacional e não conseguiram engravidar. Uma coisa é não querer engravidar, outra é não conseguir.
Uma alternativa para muitas mulheres seria o congelamento de óvulos, que pode preservar um momento da vida reprodutiva da mulher e permitir o seu uso no futuro. É um fato que quanto antes se realizar o congelamento melhores serão os resultados, mas pode ser feito em qualquer idade.
O procedimento segue o rito natural de uma Fertilização in vitro, ou seja, há uma indução ovariana para buscar mais óvulos (máximo possível) e é realizado a retirada desses via punção transvaginal sob anestesia. Existem riscos inerentes ao procedimento, mas estes não devem ser uma barreira. Quanto mais óvulos forem congelados, maiores são as chances de sucesso futuro, já que o congelamento de óvulos não garante uma gestação, mas uma boa tentativa.
Talvez a mensagem final seja: equilíbrio sempre. A medicina reprodutiva está aqui para fazer a parte dela, mas planejar a maternidade, evitando as complicações advindas com a idade é uma opção pessoal. Não perca tempo!