Os cuidados com a pele da criança começam desde cedo, pois no verão o risco de irritações aumenta. Para evitar esse tipo de problema, os pais devem se atentar aos riscos nessa fase, já que os bebês não produzem óleo o suficiente para a pigmentação, o que acaba ocasionando uma sensibilidade maior.
Segundo a Dra. Joana Tebar, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, durante a infância, as crianças passam por uma exposição solar muito intensa, o que pode gerar uma série de problemas de saúde no futuro: “Estudos mostram que a exposição solar excessiva na infância aumenta de forma significativa o risco de câncer de pele na idade adulta. Calcula-se que 50% de toda radiação solar que recebemos durante toda a vida ocorre nos primeiros 18 anos de idade. Desta forma, campanhas de fotoproteção estão sendo desenvolvidas em diversos países com o objetivo de alertar os pais sobre os riscos e orientar sobre as atitudes preventivas.”.
Os médicos não recomendam o uso de protetor solar em crianças com menos de 6 meses de vida, mas de acordo com a dermatologista há outras maneiras de cuidar da pele do pequeno: “não é recomendada exposição solar prolongada (praia, piscina). Com a criança, se considera que 15 minutos duas ou três vezes por semana são suficientes (sem o uso do filtro solar) para manter níveis adequados de vitamina D.”.
A partir dos seis meses até os dois anos de idade a recomendação muda, pois a criança já iniciou o processo de desenvolvimento de proteção da pele. Segundo Dra Joana, a partir dessa fase já pode ser aplicado o protetor solar: “a recomendação é utilizar somente filtros 100% físicos – atuam como barreira física, principalmente refletindo os raios UV.”. Esse tipo de protetor não é absorvido pela pele.
Já a partir dos dois anos de idade, os pais podem aplicar o protetor solar infantil na criança: “que é, em geral, uma mistura de filtros químicos – atuam principalmente absorvendo UVA e raios UVB – e físicos.”, afirma a Dra. Joana Tebar.