Baby Blues: dicas para passar por essa fase com mais leveza

Durante a gravidez o corpo da mulher é invadido por diversos hormônios produzidos pela placenta, que são responsáveis por garantir que a gestação aconteça e que o bebê se desenvolva. Na hora do parto a placenta sai e acontece uma queda brusca desses hormônios, o que afeta o emocional da mulher. Então ela pode sentir o tal baby blues, ou tristeza materna.

O baby blues é um processo adaptativo natural do puerpério, onde acontece uma labilidade emocional, ou seja, a mulher vai apresentar oscilações de humor ao longo do dia por conta dessa queda dos hormônios.

Cerca de 80% das mulheres vão apresentar os sintomas do baby blues, como choro frequente sem motivo, maior irritabilidade, angústia e preocupações com a saúde e bem estar do bebê.

É comum a mulher relatar que estava feliz e bem, e então, do nada, sentir uma tristeza que a leva a chorar sem entender bem o porquê de estar chorando.

Esses sintomas começam a aparecer a partir do 3º dia após o parto, o que coincide com a alta hospitalar e chegada em casa com o bebê. O baby blues dura em média 15 dias, sendo o pico dos sintomas entre o 10º e 12º dia depois do parto. A partir dai, os sintomas começam a diminuir.

Como é um processo adaptativo natural, não precisa fazer tratamento. O baby blues passa sozinho e não traz prejuízos para o funcionamento da mulher, nem interfere na interação dela com o bebê.

Então, o que pode ser feito para passar pelo baby blues com mais leveza?

Algumas dicas do você que pode fazer para aliviar os sintomas:

– Não deixar de fazer sua rotina de cuidados básicos, como tomar banho, escovar os dentes e mudar de roupa, por exemplo.

– Se alimente bem. Se for preciso, congele refeições prontas com antecedência. Peça ajuda se não conseguir fazer isso sozinha.

– Crie uma rede de apoio e não fique com receio de pedir ajuda. Tenha a sua volta pessoas em quem você confie e que respeitem seus sentimentos, pessoas que vão te ajudar com as suas necessidades sem julgar ou criticar.

– Durma sempre que for possível fazer isso. A rotina com um recém-nascido é muito desgastante e você também precisa descansar.

– Priorize as tarefas. Tem coisas que podem esperar outro momento para serem feitas. Dê prioridade para as atividades que vão ajudar com o seu bem estar e descanso.

Mas atenção!

Por mais que o baby blues seja um processo natural, passar por isso pode gerar muita ansiedade e angústia, levando a mulher a questionar sua capacidade como mãe e criar medos e preocupações com relação a sua maternidade.

Então é importante reforçar que caso os sintomas causem muito sofrimento ou não diminuam após 15 dias do parto, a família deve buscar a avaliação e orientação de uma psicóloga perinatal, pois isso pode indicar um quadro depressivo até então não identificado que necessita de tratamento e acompanhamento psicológico.

Nota da Somos Mães:

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Thacila Carneiro Bianco
Thacila Carneiro Bianco Psicóloga Clínica e Perinatal/Obstétrica - CRP 06/98539 Graduação em Psicologia pela Universidade Guarulhos (2009) Aprimoramento em Psicologia da Maternidade pelo Hospital São Luiz Itaim (2012) Pós-graduada em Psicopatologia e Dependência Química pela UniSãoPaulo (2020) Curso de Aprofundamento em Atenção Psicológica na Perinatalidade, Instituto Mater Online (2020) Curso de Aprofundamento em Luto Pós-Parto, Escola de Profissionais da Parentalidade (2020) Curso de Aprofundamento em Tecelagem do Vínculo - da gestação aos dois anos. Maria Tereza Maldonado (2020) Curso de Aprofundamento em Depressão na Gestação e Pós-Parto, Cuidando de Mamães (2022) Curso de Aprofundamento em Psicopatologias na Gestação e Puerpério, Cuidando de Mamães (2022) Curso de Capacitação em Saúde Mental Perinatal, Cuidando de Mamães (2022) Orientação teórica em Terapia Cognitivo Comportamental Realiza psicoterapia para mulheres, acompanhamento psicológico para mulheres que querem engravidar, acompanhamento psicológico e de Pré-Natal Psicológico para gestantes, acompanhamento psicológico para puérperas, acompanhamento psicológico em casos de Luto Perinatal.

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