A Síndrome do Anticorpo Antifosfolípide (SAF) é uma doença crônica que consiste na produção de anticorpos que afetam diretamente a coagulação sanguínea e ajuda na formação de coágulos que obstruem a passagem de sangue pelas artérias e veias.
Essa síndrome é causada por três fatores: a trombose arterial ou venosa, complicações obstétricas ou o surgimento de um ou mais anticorpos antifosfolípedes.
Essa doença pode acarretar consequências sérias ao nosso corpo, principalmente por causa de quadros de trombose. Além disso, ela é uma síndrome autoimune, ou seja, não tem cura e é desenvolvida pelo nosso sistema imunológico.
Os seus sintomas variam entre manchas espalhadas na pele, tromboflebite, microtrombose disseminada, insuficiência cardíaca e embolia pulmonar. Para o diagnóstico é preciso fazer exames laboratoriais e clínicos.
No caso das mulheres, a SAF pode se manifestar durante a gestação, o que pode ser a causa principal de abortos repetidos, já que pode acontecer de a placenta sofrer um caso de trombose, o que dificulta a passagem de sangue até o feto.
Se o tratamento for feito adequadamente, as chances de sucesso na gravidez é de 80%. Porém, essa síndrome ainda aumenta as chances de parto prematuro, necessidade de cesariana e baixo peso do bebê após o nascimento.
O Ultrassom com doppler é muito importante para a checagem da passagem do sangue para o bebê e também é possível identificar se há riscos de trombose na placenta.
Se você sofre com esse problema, procure um médico antes de engravidar, já que no seu quadro clínico essa síndrome pode causar transtornos na gravidez. Por isso, avalie junto com o seu médico se há condições viáveis de ter um bebê e quais são os cuidados durante esse período.