Em publicação feita na última segunda-feira pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) ficou determinado que a mulher que queira se submeter a uma cesariana só poderá marcá-la a partir da 39ª semana de gestação. Essa nova medida tem como objetivo diminuir o número de partos que são feitos antes da hora e que podem colocar em risco a saúde do bebê.
Em estudos feitos pelo Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas, é a partir da 39ª semana de gestação que se inicia uma fase importantíssima, o feto já não é mais prematuro. Esse estudo foi crucial para essa nova norma, pois entre a 37ª e 39ª semana, o feto ainda está desenvolvendo partes importantes como o cérebro, pulmões e fígado.
Mas o que o parto antes da hora pode causar a saúde do bebê? Bom, a criança pode sofrer com doenças respiratórias, dificuldade em manter a temperatura corporal e em se alimentar, corre um risco maior de ter icterícia – além disso, pode desencadear alterações na audição e visão ou danos cerebrais.
Você está grávida e já marcou o seu parto? Se você marcou e ele está programado para acontecer antes da 39ª semana a resposta é sim, essa regra já está valendo. Em alguns casos específicos onde a gravidez precisa ser interrompida por indicação médica, você não precisará remarcar. Em caso de dúvida, procure o médico que está acompanhando a sua gestação para saber se você precisará fazer a alteração.
A mulher que quer marcar a cesárea eletiva assinará um termo “de consentimento livre e esclarecido”. Essa outra medida tem o objetivo de documentar e garantir a autonomia da mulher quanto a forma que ela deseja dar à luz. Isso tudo, claro, com todas as prescrições do médico sobre o método pelo qual será realizado o parto e o motivo pelo qual foi escolhido.
No caso do descumprimento da regra por parte do médico, ele será punido através de advertência ou suspensão do registro profissional. A penalidade será aplicada de acordo com a gravidade do caso. No caso de discordância entre a paciente e o médico, o especialista pode indicar outro obstetra usando sua autonomia profissional. Informa-se com o seu médico sobre essas novas regras e verifique se serão necessárias alterações.