O trabalho de parto pode durar de seis a doze horas, tempo que pode variar conforme a gestação. Imagine então deixar a futura mamãe todo este período sem se alimentar?
Muito já foi discutido sobre a alimentação durante o trabalho de parto. Até pouco tempo atrás, alguns médicos recomendavam jejum total por acharem que a alimentação oferecia riscos à anestesia, causando queda de pressão ou vômito decorrente do estômago cheio. Mas, essa recomendação caiu em desuso, principalmente com a adoção do parto humanizado, no qual a atenção é totalmente voltada para a mulher e suas necessidades.
Atualmente, a recomendação médica é que a gestante se alimente bem se tiver vontade e claro, se não tiver restrições, para que fique mais confortável durante o nascimento do bebê, já que durante este período, ela gasta muita energia que precisa ser reposta para ajudá-la no processo de nascimento.
O médico que faz o seu acompanhamento deve alertá-la que a refeição precisa ser saudável, com comidas e bebidas leves, de fácil digestão, como frutas, iogurte, castanha, mel, gelatina, além da ingestão de água, que fará com que ela vá frequentemente ao banheiro, mantendo-se ativa e facilitando o nascimento do bebê.
Lembrando que cada gestante é única e não existe um padrão pré-definido para o parto. O médico deve analisar caso a caso para indicar ou não o jejum.
Dr. Alberto Guimarães
Dr. Alberto Guimarães é ginecologista, obstetra e idealizador do projeto “Parto sem Medo”.
Formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis e mestre pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), atualmente exerce o cargo de gerente médico para humanização do parto e nascimento do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, CEJAM, em maternidades municipais de São Paulo para o Programa Parto Seguro à Mãe Paulistana. www.partosemmedo.com.br