Para preparar o organismo para o desenvolvimento de um bebê, o corpo de uma mulher passa por diversas mudanças físicas, hormonais e metabólicas. O que muita gente não sabe é que essas transformações podem afetar diretamente na saúde bucal da gestante. Uma das maiores causas é a maior produção de estrogênio e progesterona pela placenta, hormônios que promovem alterações vasculares e propiciam o acometimento por bactérias patogênicas.
De acordo com pesquisa realizada pela UFJF – Universidade Federal de Juiz de Fora, 83% de 88 gestantes acompanhadas diariamente apresentaram problemas periodontais, como infecções ou inflamações na gengiva. “O problema mais comum, a gengivite, é caracterizado por vermelhidão, inchaço e sangramento da gengiva que, se não tratada, pode se transformar na doença periodontal, trazendo mais riscos à mãe e, também, ao bebê”, conta Dr. Paulo Coelho Andrade, mestre especialista em implantodontia e odontologia estética.
Segundo o profissional, um estudo conduzido pela UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo declara que gestantes com problemas periodontais correm maior risco de ter partos prematuros e nascimentos de bebês abaixo do peso (menos de 2,5 kg). “Já a mãe corre o risco de desenvolver até mesmo cardiopatias – doenças que comprometem o coração – pois inflamações na gengiva podem servir como porta de entrada para bactérias que são capazes de chegar até o órgão. A alteração hormonal ainda pode estimular o aparecimento de cáries, uma vez que altera o PH da saliva”.
A melhor forma de combater estes problemas é melhorar a higiene bucal, escovando bem os dentes após cada refeição e usando corretamente o fio dental. “O ideal é fazer um check-up na boca antes mesmo da gravidez, agindo de forma profilática. Após a concepção, é de suma importância um acompanhamento para a prevenção destes problemas. Há algumas proibições em relação a alguns tratamentos odontológicos como implantes ou cirurgias invasivas, entretanto, vale lembrar que tratar os problemas citados representa menores complicações do que a falta de tratamento”, finaliza Dr. Paulo.
*Texto enviado pela assessoria.