Autismo, ou Transtornos do Espectro Autista (TEA), não é uma doença e, sim, um transtorno no desenvolvimento e atinge cerca de 0,8% a 1% das crianças. Aproximadamente 60% das crianças apresentam sinais do transtorno ao nascer. O TEA não tem uma característica definida e o diagnóstico não é feito através de exames laboratoriais ou de imagem, o diagnóstico é clínico.
Autismo e síndrome de Asperger são transtornos de neurodesenvolvimento e interferem nos processos fundamentais de socialização, comunicação e aprendizado.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) relata que o Transtorno do Espectro Autista atinge 80 milhões de pessoas, sendo que 2 milhões no Brasil. Ocorre 1 a cada 70 crianças, com incidência maior em meninos, na proporção de 4:1.
Os primeiros sinais típicos são identificados por pessoas que convivem e cuidam dos bebês e crianças (de 06 a 36 meses). O que está errado? Chama seu filho e ele não atende, o contato visual é quase nulo, gosta de brincar sempre sozinho?
Quando identificados estes primeiros sinais de alteração no desenvolvimento do bebê ou da criança, pais, familiares ou professores precisam procurar profissionais habilitados para o diagnóstico correto. Esta criança deve ser examinada por uma equipe multidisciplinar de profissionais (pediatra, psiquiatra infantil, neurologista infantil, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, psicólogo, psicopedagogo) para melhor fechamento do diagnóstico.
Alguns passos devem ser seguidos inicialmente e observações devem ser feitas quando estão em busca do diagnóstico do Autismo.
– Quando apresentar olhar sem fixação, desde a amamentação, troca de fraldas, banho, do sorriso ao toque na pele;
– Atraso de fala (desde do inicio balbucio até as primeiras palavras), não reação a estímulos;
– Quando é chamado pelo nome não responde, somente reage a ruídos intensos como avião, motor de moto;
-Observa-se movimentos repetitivos, apegos a alguns objetos, reações como agressividade e irritação quando contrariado;
– Dificuldade sociabilização e comunicação.
História familiar: verificar se há caso de autismo na família, prematuridade, baixo peso, uso de drogas ou álcool durante a gestação.
Relatos dos cuidadores ou profissionais da escola/berçário quanto ao comportamento e comunicação são imprescindíveis para análise. Eles podem observar algum comportamento que os pais ainda não identificaram em casa.
Documentos como fotos e filmes da criança sozinha, interagindo com outras pessoas ou com outras crianças também contribuem para análise. Uso de escalas de triagem comportamentais são usadas ATA ( Escala de Traços Autísticos), M-CHAT( Modified- Checklist Autismin Toddlers).
O diagnóstico segundo Estatístico de Distúrbios Mentais da Associação Americana de Pediatria foi mudado em de 2013, passando a classificação do Autismo em graus de funcionalidade de leve a alta.
A Síndrome de Arperger também foi inserida nesta classificação, por ser o transtorno do espectro autista. Estas crianças não apresentam grandes atrasos no desenvolvimento da fala e nem sofrem com comprometimento cognitivo grave. Elas podem apresentar algum déficit motor leve.
O manual médico divide o autismo:
– baixa funcionalidade –mal interagem
– média funcionalidade : são autistas clássicos, dificuldade de se comunicar
– alta funcionalidade : tem todas as dificuldades da média mas em grau menor, conseguem estudar, trabalhar e constituir família.
O tratamento precoce, orientação e conduta correta resultarão em sucesso no desempenho, desenvolvimento, qualidade de vida da criança e familiares envolvidos.
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