Alguns sinais são observados em crianças que necessitam passar por uma avaliação Fonoaudiológica. Descartando a prematuridade, deficiência auditiva, síndromes, malformações e desordens neurológicas que poderão apresentar alteração no desenvolvimento de fala, nos órgãos fonoauticulatórios (lábios, língua, palato e dentes) de fato, podem ser observado logo após o nascimento alguma alteração no posicionamento da língua (frênulo lingual), que pode ocasionar problemas na amamentação e, posteriormente, na mastigação e alterar a fala.
Aquisição da fala
A aquisição da fala e linguagem acontece por etapas, inicia-se com o balbucio, depois com algumas palavras simples e frases curtas. A maioria das crianças inicia a fala aos 12 meses, claro que cada uma tem seu ritmo e, normalmente, vai depender dos estímulos dado a ela. Conversar com seu filho estimula-o a querer repetir estes sons mesmo que não sejam precisos e claros. Normalmente, as meninas tendem a adquirir a fala antes que os meninos.
Por volta do primeiro ano de vida a criança deve produzir ao redor de 10 palavras e compreender 20, segundo o Conselho Federal de Fonoaudiologia. Aos poucos este bebê aprende a usar as palavras para descrever o que vê, ouve, sente e pensa. Na medida que seu desenvolvimento mental/emocional vai amadurecendo, as regras de linguagem são aprendidas. Segundo pesquisadores, estas regras são adquiridas antes mesmo dos bebês murmurarem, pois eles aprendem com os adultos que o cercam e com quem eles usam a comunicação.
Os primeiros dois anos
Até os primeiros dois anos de vida, a criança deverá desenvolver sua fala, porém nem todas começam falar na mesma idade esperada. Algumas são mais lentas e necessitam que os pais ou adultos que a cercam recebam orientação para ajudá-las.
Os fonemas (sons) mais difíceis para serem adquiridos são o L e R, e grupos consonantais. Normalmente as crianças que fazem estas trocas articulatórias são rotuladas, como falar igual ao “Cebolinha”: lalanja( laranja) aleia, (areia), Lenata (Renata).
Crianças de 4 anos
Até 4 anos ou 4 anos e meio, a criança já deve se expressar com inteligibilidade, formando frases, cantando letras de músicas e contando estórias. Espera-se que todos os sons de fala estejam adquiridos.
Se as trocas articulatórias que iniciaram desde o momento da aquisição de linguagem persistirem, procure um profissional para orientá-lo para não aumentar a severidade do caso.
Crianças que apresentam rinites alérgicas ou otites de repetição normalmente apresentam trocas na fala.
Chupetas e mamadeiras
Estes artifícios favorecem e modificam as arcadas dentárias, posicionamento de lábios e língua, ocasionado uma má erupção dentária. A intervenção de uma fonoaudióloga pode ajudar na retirada dos hábitos de sucção e orientação.
Quando a criança apresenta uma fala ininteligível, normalmente os pais tendem a ajudá-lo criando uma ansiedade na correção, podendo assim desenvolver uma “disfluência de fala” (um fenômeno comum que ocorre em crianças de 3 a 4 anos na fase de estruturação da linguagem) chamada de “gagueira”. Em alguns casos pode ser temporária esta disfluência ou sinalizar um processo realmente de Gagueira (fator fisiológico), mais uma vez, a Fonoaudiologia pode orientá-lo e avaliar como o tratamento será norteado.
Se a criança está passando por constrangimento porque não estão entendendo sua fala, não espere até 4 a 5 anos, quando normalmente são indicados pelo pediatra e escola, para uma avaliação Fonoaudiológica. Procure um profissional habilitado para orientá-lo.
Dica
Seu filho pode apresentar algum problema enquanto está aprendendo a falar e se comunicar, porém, na maioria das vezes, esta dificuldade pode desaparecer naturalmente até os 5 anos de idade com apenas uma boa orientação de um fonoaudiólogo.