A assimetria craniana é uma desproporção ou achatamento em uma ou mais regiões da cabeça do bebê. Estima-se que pelo menos 300 mil recém-nascidos tenham essa condição no Brasil. Cerca de 12% dos bebês saudáveis nascidos vivos têm algum tipo de assimetria e 20%deles precisarão de tratamento mais sério. Mas, se diagnosticada cedo, a assimetria craniana pode ser corrigida rapidamente através de um procedimento indolor.
Depois de ter a sua filha de 4 meses diagnosticada com assimetria craniana, o médico Gerd Schreen resolveu procurar tratamentos aqui no Brasil. Porém, não obteve sucesso e teve que recorrer a métodos no exterior. Depois de 6 meses de tratamento nos Estados Unidos, sua filha estava recuperada e com a assimetria corrigida de forma única e eficaz. Pensando nisso, Schreen passou a estudar a literatura científica para trazer esse tratamento para o Brasil de maneira acessível e eficiente. O médico capacitou equipes, desenvolveu materiais e manuais educativos, foi a congressos e tratou pessoalmente mais de 1300 pacientes.
A partir disso, o doutor Schreen implantou o novo tratamento no Brasil através de sua clínica Heads, que oferece o acompanhamento do bebê e o auxílio no uso das órteses. Para ter resultados mais precisos, a Heads conta com o STARscanner, que é um equipamento capaz de oferecer na hora da consulta todas as medidas da cabeça do bebê com absoluta precisão. Além disso, esse aparelho oferece o molde virtual para a confecção da órtese sob medida. Todo esse procedimento é feito com total segurança e sem o uso de radiação para não afetar a saúde da criança. Todo esse processo é realizado em apenas 1,5 segundos.
Existem dois tipos de assimetria craniana posicional, a plagiocefalia posicional e a braquicefalia posicional. A primeira significa “cabeça oblíqua”, onde o formato do crânio do bebê é semelhante a um paralelogramo. Para identificar com mais facilidade você pode reparar se o lado de trás apresenta uma aparência mais achatada e um lado mais proeminente, se há desalinhamento das orelhas e, em alguns casos, da testa e do rostinho da criança.
Já a braquicefalia posicional é a chamada “cabeça curta”, e ela se refere ao achatamento de toda a área posterior da cabeça, com alargamento da região e elevação do “cocuruto”. O cocuruto é o alto da cabeça, ponto ao redor de onde estão localizados os fios de cabelo.
Essas diferenças cranianas se dão devido ao apoio constante da cabeça do bebê em uma só posição nos primeiros meses de vida, fase em que o crânio do pequeno cresce em maior velocidade. Isso pode acontecer também no final da gestação quando há pouco líquido amniótico, no encaixe precoce do bebê na pelve e na gestação gemelar.
Mas é possível reverter a situação logo quando o problema é diagnosticado. Basicamente, a primeira medida é aprender a posicionar o bebê de outras formas para que a proeminência em sua cabeça seja amenizada. O certo é apoiá-lo do lado onde seu crânio está mais saliente e evitar o apoio do lado que está mais achatado. Isso vale para todas as posições que o bebê fica durante o dia. O objetivo desse método é inverter o mecanismo que levou a assimetria e, assim, promover uma lenta melhora.
Conforme o bebê vai crescendo, ele vai ficando mais forte e habilidoso e dificultando a eficácia dos tratamentos manuais. E é nesse momento que entra o tratamento ortótico, que é uma espécie de capacetinho feito rigorosamente sob medida para direcionar o crescimento de volta à normalidade. A parte proeminente fica constantemente apoiada no capacete, enquanto a achatada fica livre para crescer, mesmo quando o bebê tem uma tendência a apoiar a cabeça nessa região.
Para identificar com mais facilidade se o seu filho tem assimetria craniana, observe a cabeça do bebê de cima para baixo e com os cabelinhos molhados. Lembre-se que todos nós temos uma leve assimetria, que é absolutamente normal, mas dá para perceber a diferença quando ultrapassa a normalidade.
O indicado é que a assimetria craniana seja corrigida até os 18 meses de vida, porém quanto mais precoce for o início do tratamento, mais eficaz é o método. O processo de correção leva em média de 3 a 4 meses.