O desenvolvimento de habilidades no processo de ensino da natação desde bebê, ocorre gradualmente através de repetições e associações de comandos e ações, respeitando cada fase maturacional da criança para, que nas fases futuras, o desenvolvimento seja autônomo, principalmente no controle respiratório. E isto é fundamental para prepará-los emocionalmente e neurologicamente durante o processo de ensino-aprendizagem, a fim de “evitar” possíveis afogamentos.
Atualmente, alguns casos de afogamento de crianças chamaram a atenção de nossa sociedade para os cuidados e riscos que seu filho corre em estar numa piscina sem a devida segurança. Os afogamentos atingem, principalmente, crianças de 1 a 4 anos de idade (segundo pesquisa), por este motivo, é necessário orientar a educação dos pais, profissionais da área e a comunidade sobre a necessidade de prevenção de afogamento e a segurança das crianças em piscinas.
Vale ressaltar que, ao frequentar aulas de natação, o seu filho não aprenderá técnicas específicas, pois as crianças não estão preparadas para aprender técnicas antes dos quatro anos de idade, mas aprenderá técnicas de sobrevivência em meio aquático que são: a capacidade de rolar sobre o seu corpo para respirar e permanecer flutuando, e se tiver mais de um ano, continuará o processo de nadar e flutuar sobre as costas até conseguir atingir uma saída para sair da água, etc.
Também é importante frisar que os bebês podem se afogar com apenas 2 centímetros de água, por isso, para que seu filho não faça parte das estatísticas é preciso tomar algumas medidas preventivas. Além da supervisão total do adulto, os afogamentos podem ocorrer em casa, por isso, esvaziar baldes, bacias e banheiras após o uso e armazená-los em locais altos, fechar vasos sanitários e tampar ou esvaziar os tanques, retirar a água das piscinas infantis e vedá-las firmemente com lona, também são medidas preventivas de segurança.
Dicas Importantes ao viajar:
– Os bebês não possuem noções de perigo, logo, arriscam e exploram tudo que veem pela frente despertados pela curiosidade. Fiquem atentos!
– O uso de boias ao contrário do que muitos pais acham, não promove a segurança da criança no meio, pois ela perde o referencial corporal para sustentar o seu corpo sozinha no meio. Com isso, quando ingressam as aulas de natação, muitas crianças sente-se desconfortáveis, com medo e inseguras quando começam a aprender a nadar, o que dificulta muito sua adaptação e processo do ensino-aprendizagem, por não sabe usar seu corpo no meio. E não ganham noções exploratórias autônomas em saber usar seu corpo independente. Por isso, a sugestão é que os pais estejam sempre presentes neste momento na piscina.
Portanto, os pais jamais devem deixar de vigiar os pequenos, independentemente da idade, durante a recreação na piscina, em banheiras ou em situações que a criança fique com o corpo na água, pois elas são bem ágeis e em um segundo, o acidente poderá ocorrer.
“… a brincadeira que é universal e que é própria da saúde: o brincar facilita o crescimento e, portanto, a saúde…”
(Winnicott)