Nem sempre é fácil. Ao iniciarem a vida escolar ou ao mudarem de escola, muitas crianças estranham a rotina, ficam doentes com mais facilidade e acabam tirando o sono dos pais. É preciso paciência para lidar com as mudanças e encarar a nova rotina. Com algumas dicas, no entanto, a fase torna-se ainda mais tranquila para a família.
Uma das principais reclamações é que as crianças ficam mais doentes. “A troca de vírus e bactérias entre os pequenos acontece rotineiramente, mas isso não deve ser uma preocupação para os pais, pois irá fortalecer a defesa das crianças”, afirma o pediatra e neonatologista, Dr. Jorge Huberman. Para minimizar estes riscos, o aleitamento materno é essencial. “Ele é o mais importante e, caso não seja possível, as fórmulas adequadas para a idade e uma dieta rica em proteínas, ômega 3 e vitaminas também são recomendadas”, explica o pediatra.
Para Dr. Huberman, a fase mais indicada para o início da vida escolar é com cerca de um ano de idade. “Mas sabemos que, por imposição do trabalho ou outras circunstâncias da vida, muitos pais têm que colocar os filhos em berçários antes disso”, reflete. Ao colocarem os bebês em escolas, os pais devem verificar se o local permite a permanência dos pais na fase de adaptação, avós ou outra pessoa que auxilia na criação da criança. “Isso porque, caso a criança sinta-se ansiosa, insegura ou chore, pode e deve ser levada ao aconchego desse responsável para perceber que não está sendo abandonada”, diz o médico. O pediatra alerta, no entanto, para atitudes superprotetoras. “Os pais devem permitir o contato com os novos colegas e professores, caso contrário, o processo de adaptação tende a ser mais difícil”.
Dr. Jorge lembra também que em casos de resistência das crianças, os pais devem evitar repassar a apreensão aos filhos. “Eles podem ressaltar os pontos positivos da escola, das novas atividades e pessoas que as crianças irão conhecer”, afirma Huberman. Nos demais momentos de transição da vida escolar, como do Ensino Infantil para o Ensino Fundamental e depois para o Médio, as crianças já entendem melhor o processo e sabem verbalizar seus anseios. Isso facilita o entendimento deste processo para as crianças, que passam a criar laços, reconhecem seus espaços e trabalham de forma mais efetiva em sua própria integração. “A partir de então, os pais precisam sempre ficar atentos às amizades e influências dos filhos, conversando e participando da vida das crianças e adolescentes”, conclui Dr. Jorge Huberman.
Texto: Time Comunicação