Muitos profissionais acreditam que expor a criança a duas línguas pode atrapalhar na aquisição da fala e linguagem. Entretanto, as mesmas dificuldades encontradas em crianças expostas a duas ou mais línguas (atraso na fala, dificuldades em se comunicar, trocas articulatórias, disfluência na fala /gagueira) aconteceriam se as mesmas crianças fossem monolíngues.
Ainda assim vale dizer que, embora toda criança possua suas próprias características individuais, os estímulos (familiares, escolares, sociais) irão influenciar no ritmo do desenvolvimento da fala.
Pesquisas recentes concluíram que crianças bilíngues começam a falar na mesma época da monolíngues. Cada criança tem seu tempo para aquisição e construção da fala, podendo, às vezes, sair da média de normalidade.
Conclui- se que o bilinguismo não atrasa e nem facilita a aquisição de fala e linguagem.
Importante salientar que quando inicia-se o bilinguismo o mesmo deve permanecer, pois sua a interrupção pode ocasionar algum problema de ordem psicológica.
Quando introduzir o bilinguismo?
Existe o bilinguismo precoce e o tardio.
O precoce é a exposição de duas ou mais línguas logo que o bebê nasce e quando ele começa a adquirir os sons da fala.
A “primeira língua”, ou língua principal, independente do país em que a criança vive, é a língua que seus pais escolheram.
Há pais de países diferentes, ou seja, apresentam duas línguas ao filho desde seu nascimento. O importante é definir qual língua será apresentada ao bebê, se ambos falarão a mesma ou cada um falará a do seu país de origem.
O bilinguismo tardio acontece quando a criança iniciou a fala em um língua e depois de quatro anos é exposta a outra língua, ou mais línguas.
Estudos recentes comprovam que crianças expostas desde cedo a dois ou mais idiomas desenvolvem maior velocidade de raciocínio e conseguem aprender mais rápido.
Caso necessite de orientação procure um profissional fonoaudiólogo, ele poderá ajudá – lo.