Conheça “Rosa é cor de menina!? Existe isso?”, da autora carioca Bruna Fontes
Ensinar empatia às crianças desde cedo é essencial para que cresçam respeitando
as diferenças e valorizando a diversidade. Mas, ainda hoje, há muitos estereótipos
que precisam ser desconstruídos. E os livros são uma ótima ferramenta para isso!
Essa é a proposta de “Rosa é cor de menina!? Existe isso?”, da autora carioca
Bruna Fontes, que fala sobre a liberdade de escolher quais cores usar. A história
ajuda as crianças a se colocarem no lugar do outro, mostrando que o mundo é feito
de diferentes perspectivas e vivências.
Livro surgiu a partir de uma birra da filha
Economista de formação, Bruna é servidora pública e nunca tinha pensado em se
tornar escritora. Foi a filha mais velha, Isabela (ela também é mãe de Guilherme)
que, mesmo de forma indireta, fez com que ela começasse a expor suas ideias para
o mundo.
“A ideia de escrever o livro veio depois de uma pequena birra aos 3 ou 4 anos. Ela
se recusou a usar uma calça jeans para ir para a escola, por ser azul. E isso me
instigou, por não me conformar com a perspectiva de minha filha incorporar
estereótipos desde tão jovem. Inclusive, quando grávida dela, fiz questão de fazer
um quartinho mais neutro possível, para que ele fosse uma tela em branco na qual
ela pudesse dar seu toque pessoal”, conta Bruna.
Por conta desse episódio, a autora começou a criar a história, escrevendo no bloco
de notas do celular, como uma forma de lidar com a dificuldade, sem conflitos e
desmistificando este padrão. “Quis ressignificar a crença de que meninas ou
meninos não poderiam usar alguma cor”, diz.
No livro, a personagem Isabela (mesmo nome da filha) é uma menina que adora a
cor rosa, mas acha que apenas meninas usam a cor. A partir de seu comportamento
questionador e com a ajuda de Pedro e sua mãe, a professora Regina, ela
descobriu que todas as pessoas são livres para usar as cores que quiserem.
Carreira literária e presença em eventos
O que seria apenas uma brincadeira familiar, acabou tomando novos rumos. Tudo
porque, quando ouviu a mãe contar a história pela primeira vez, a filha gostou tanto
que pediu que os personagens fossem desenhados e que a história estivesse “no
papel”.
“Fui atrás de uma ilustradora e de uma gráfica. Depois, ao participar de um projeto
de leitura de livros na escola dos meus filhos, li a história que tinha criado. Outros
pais gostaram, quiseram comprar. E a brincadeira foi ficando mais séria”, lembra.
A publicação do livro aconteceu em 2022 e, desde então, Bruna vem marcando
presença em importantes eventos literários por todo o Brasil, seja expondo e
vendendo os livros, realizando contação de histórias para crianças ou participando
de palestras e mesas temáticas.
Ela começou a fazer parte do “Escreva, Garota” – grupo de apoio e capacitação
continuada para mulheres que escrevem – e esteve na Bienal do Rio de Janeiro,
Feira Literária de Tiradentes (FLITI), Feira Literária de Jacarepaguá (FLIJ), Bienal de
Pernambuco e Orla Festival em 2023, Festa Literária Internacional de Paraty (Flip)
em 2023 e 2024, Bienal de Salvador e Bienal de São Paulo em 2024.
Para 2025, a presença da escritora na Bienal do Rio, em junho, já está confirmada.
E há novos projetos literários em andamento, tanto infantil quanto adulto, mas ainda
sem previsão de lançamento.
Onde comprar o livro “Rosa é cor de menina!? Existe isso?”
O livro de Bruna Fontes, indicado para crianças de 3 a 8 anos, está à venda na
Amazon e em outras plataformas, em capa comum. Pode ser adquirido também
diretamente com a autora, pelo instagram @brunafontes_escritora – também em
capa dura e com a opção de ser autografado.
O texto afetivo, junto com as ilustrações de Dora Weigand, ajudam as crianças a
embarcarem na história, a começar pela capa, que vai dos tons de rosa às outras
cores, simbolizando a transformação – no site, é possível baixar uma versão da capa
para colorir.
Além de incentivar a leitura entre os pequenos, “Rosa é cor de menina!? Existe
isso?” é uma opção para que mães, pais, responsáveis e educadores criem um
diálogo sobre questões atuais, buscando a formação de crianças mais respeitosas e
de uma sociedade mais plural.