Apesar das temperaturas mais amenas por conta da La Ninã, o verão chegou e se engana quem pensa que criança não pode ter insolação. Sim, os pequenos também podem ser vítimas da doença e é necessário estar atento e ter cautela principalmente durante os dias com altas temperaturas. Entre os sintomas estão dor de cabeça (cefaleia); fraqueza; desidratação; respiração e batimentos cardíacos acelerados; febre alta (acima de 39ºC); náuseas e vômitos. Nos casos mais graves, confusão mental e perda da consciência.
De acordo com a médica pediatra e neonatologista, a Dra. Danielle Negri, os bebês são mais suscetíveis à doença:
“Todas as pessoas (crianças, adultos ou idosos) correm o risco das queimaduras solares, mas a pele dos bebês é muito sensível e ainda não é madura como a nossa, o que os torna mais passíveis à exposição solar. Os bebês absorvem mais intensamente os raios de sol! O recomendado é que a criança não abuse da exposição solar entre 9h30 e 15h30. As melhores horas são antes das 9h ou depois das 16h, evitando o horário de pico”, recomenda.
A insolação infantil grave pode gerar danos ao cérebro, coração, rins, músculos e chegar à mortalidade. Contudo, não há necessidade para desespero! O essencial é agir rápido para reduzir a temperatura corporal e aliviar os danos da insolação.
“Em casos graves, quando a criança apresentar desorientação e desmaios, procure imediatamente o atendimento de emergência hospitalar. Se ocorrer episódios de vômitos, deite a criança virada para o lado esquerdo para evitar engasgamento enquanto vocês aguardam a avaliação do pediatra”, orienta Negri.
Segundo a pediatra, restringir a exposição direta ao sol aos horários indicados, evitar atividades físicas intensas em dias de alta temperatura, reforçar a hidratação na dieta alimentar da criança e reaplicar o protetor solar várias vezes ao dia são algumas formas de prevenir a insolação infantil.
A Dra. Danielle Negri explica como deve ser o tratamento para insolação e indica algumas técnicas:
– Leve a criança com insolação para um lugar fresco, com sombra e ventilação;
– Retire o máximo de roupas possível;
– Se consciente, mantê-la em repouso e com a cabeça elevada;
– Ofereça bastante água fria ou outro tipo de líquido não alcoólico;
– Borrife água delicadamente em todo o corpo da criança ou até mesmo faça compressas de água fria na testa, axilas, pescoço e virilhas;
– Se possível, dê um banho frio ou envolva com panos ou roupas molhadas.