A prática do “Mãe Canguru” é recomendada para bebês prematuros, onde a mamãe passa um período com o pequeno em posição vertical e amarrado ao seu corpo. Esse método traz muita segurança e um contato mais próximo da criança com a mãe, o que é essencial nos seus primeiros dias após o nascimento. Mas, não é só a mãe que desfruta desse momento especial, o papai também pode fazer isso.
O “Mãe Canguru” é um tipo de humanização e assistência neonatal que tem o intuito de oferecer ao bebê uma melhor transição da vida uterina a extra-uterina. Além, é claro, de proporcionar maior segurança ao pequeno e aos pais que precisam trabalhar a questão do desenvolvimento do recém-nascido que veio antes ao mundo.
Com esse ato é possível evitar que o bebê tenha infecções hospitalares. Podendo também neutralizar refluxos e manter as vias aéreas livres, o que evita sufocação da criança e diminui o risco de apneia, que é a parada de respiração durante o sono. O contato direto com a pele da mamãe estabiliza a temperatura corpórea do bebê. E gera o fortalecimento do contato e laços afetivos, beneficiando também o desenvolvimento neurológico do pequeno.
Geralmente, a primeira vez que se faz essa prática do “Mãe Canguru” é quando o bebê ainda está na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neo). É obrigação do hospital dar livre acesso dos pais a UTI Neonatal para que eles possam tocar e interagir com o filho. Junto a equipe hospitalar, devem decidir como será realizada a prática do “Mãe Canguru”, isso sempre respeitando a condição clínica do recém-nascido.
Mas, esse cuidado não acaba quando o bebê tem alta hospitalar. É recomendável que os pais continuem fazendo em casa. Mas antes, a mamãe tem que se assegurar que vai poder ficar com o filho preso em seu corpo por bastante tempo sem que isso a atrapalhe. A mãe ou qualquer pessoa da confiança dela que vai realizar a prática do “Mãe Canguru” tem que verificar se o bebê estará bem preso, para a segurança de todos. A partir disso, todas as atividades do dia serão feitas normalmente.
Mesmo depois da alta hospitalar do bebê, as visitas ao hospital ainda serão frequentes. Tudo isso para garantir a segurança e estabilidade clínica. Mas, conforme a orientação médica as visitas irão diminuir e, com isso, a prática do “Mãe Canguru” também. É comum que essa prática seja feita até o bebê atingir dois quilos ou até a data provável de nascimento, em caso de prematuro, se chegar nesse momento, é fácil perceber a agitação da criança que indica que ela deixou de ser um “canguruzinho”.
A eficácia do “Mãe Canguru” é comprovada cientificamente, mas ela não substitui o uso de tecnologias que o bebê é submetido logo após seu nascimento prematuro. Essa prática serve como um complemento para que o processo de adequação do pequeno a vida extra-uterina seja mais saudável, seguro e carinhoso.