Ser mãe é um desafio e tanto e é completamente normal nós lidarmos com situações que saem um pouco do controle ou que não sabemos como agir. Claro que para lidar com cada fase da criança é preciso muito jogo de cintura e paciência. Todo o amor que sentimos por esse serzinho nos dá força e calma para lidar com qualquer coisa.
O seu bebê está chegando nos dois anos de idade e está começando a demonstrar outro tipo de comportamento? Bom, isso é absolutamente normal, já que é nessa fase que ele vai passar pela adolescência do bebê. Sim, isso existe e é um momento cheio de adaptações tanto para o bebê quanto para os pais. Nesse período, a criança começa a se perceber ainda mais como um indivíduo e descobrir sentimentos nunca experimentados.
A psicoterapeuta infantil e perinatal Paloma Vilhena explica que todo bebê passa por isso e a maneira mais fácil de lidar com essa situação é entender todo esse processo: “O primeiro passo é compreender o que acontece nessa fase, e saber que ela faz parte do desenvolvimento infantil. Todas as crianças passam por isso, com duração e intensidade diferentes. A criança de dois anos não está preparada emocionalmente e cognitivamente para conseguir esperar, ela precisa ter tudo na hora e isso não tem nada a ver com falta de educação”.
Essa fase parte da percepção do seu pequeno como indivíduo: “O bebê, que até então sentia-se como uma extensão de sua mãe, começa a entender que é um indivíduo separado dela. Aos poucos, consegue fazer algumas coisas de forma mais independente. Mas, ele não sabe explicar verbalmente o que está sentindo e desejando, por isso grita, chora e se joga no chão” enfatiza Paloma.
Durante essa fase o melhor a se fazer é começar a ensinar o seu bebê alguns limites e educá-lo. Claro, com muita sutileza e calma, gritaria ou qualquer forma de agressão verbal não são eficientes. A psicoterapeuta explica que esse é o momento dos pais começarem a se posicionar de modo mais assertivo: “O papel dos pais é começar a ensinar ao bebê, de forma firme e carinhosa, que existem limites, tempo e as necessidades dos outros. Ele acaba de chegar ao mundo e quer conquistá-lo. Os pais devem mostrar que já estão por aqui há algum tempo, que existem regras, e que nem sempre temos tudo que queremos. E que isso é necessário para a convivência”.
Os pais podem demonstrar um pouco de impaciência e até se sentirem inseguros no momento em que se deparam tão cedo com esse tipo de comportamento do bebê. Mas, Paloma alerta para o comportamento dos pais: “Essa fase exige bastante paciência e provoca sentimentos como culpa e raiva nos pais. É muito difícil para alguns pais frustrar os seus filhos, mas isso é muito importante para eles”. Porém, educar uma criança não é uma tarefa fácil e é preciso saber exercitar isso: “Ter autoridade é diferente de ser autoritário, é possível colocar limites e ser afetivo. É importante reconhecer o desejo, colocar o limite e oferecer alternativa, por exemplo: “Eu sei que você quer brincar com isso, mas esse pode machucar. Você pode brincar com esse aqui”, finaliza.
Conheça 5 situações que você poderá enfrentar durante a adolescência do bebê: