O acompanhamento odontológico durante a gravidez é importante tanto para a saúde da mulher, quanto a do bebê
Durante uma gestação, a mulher precisa ficar atenta quanto à sua saúde e a do bebê. Além de um bom pré-natal, acompanhamento obstétrico e exames tradicionais, é essencial fazer visitas periódicas ao dentista.
A saúde bucal da gestante afeta diretamente o bebê. Existem problemas, referentes à região bucal, que podem inclusive levar a um parto prematuro, oferecendo risco para ambos. “Já há comprovação científica em literatura que gestantes com problemas periodontais têm mais chance de ter nascimentos de bebês prematuros e de baixo peso”, afirma Isabela Castro, odontologista e Head do NUPE – núcleo especializado no atendimento de pessoas com deficiência, grávidas, idosos, pacientes com doenças crônicas ou qualquer condição especial – da Yappy.
De acordo com a especialista, existem duas formas de fazer o acompanhamento no dentista durante a gestação. “No período do pré natal odontológico, a gestante recebe protocolos personalizados de higiene oral, sessões de limpeza e orientações sobre a saúde do bebê e cuidados com a higiene da boca da criança após o nascimento”, conta.
“Já para as consultas de urgência, motivadas por dor, infecção ou outra alteração que possa ser risco para a gestante e seu bebê, existem protocolos seguros para atendimento da gestante nos três trimestres”, complementa Isabela Castro.
Porém, é ainda mais relevante realizar essas consultas de rotina com especialistas capazes de entender a individualidade de cada caso. A odontologia de precisão engloba ciência, tecnologia, precisão e humanização, proporcionando tratamento odontológico de forma segura para a gestante.
“A segurança clínica e a certeza de que terá um atendimento de excelência, dentro dos protocolos mais atualizados e sempre com uma comunicação ativa com o obstetra da gestante, fazendo escolhas eficazes e seguras para cada caso, é um dos benefícios ao optar pela odontologia de precisão”, relata a odontologista.
É muito comum que surjam dúvidas sobre a relação entre a gravidez e a saúde bucal. Pensando nisso, a especialista da Yappy, principal centro de odontologia de precisão do país, desmistifica as principais questões sobre o tema:
Os dentes da grávida ficam mais fracos porque ela divide o cálcio do organismo com o bebê
Mito – Nove meses não descalcificam a dentição da mulher, o que ocorre é a maior predisposição à inflamações na gengiva e a hiperplasia gengival. A variação hormonal afeta a forma com que o corpo responde às bactérias, aumentando assim as chances de infecções periodontais, dores nos dentes e na gengiva.
O aumento na produção de hormônios favorece a gengivite
Verdade – Em média de 60 a 70% das mulheres enfrentam a gengivite durante a gravidez. Esse distúrbio periodontal é provocado pelo aumento dos níveis hormonais, que promovem a dilatação de vasos sanguíneos e podem causar uma resposta inflamatória nos tecidos gengivais, aumentando o risco de lesões na área.
“A gengiva fica menos protegida e a sua capacidade de regeneração diminui. Essa condição, somada ao aumento do consumo de alimentos potencialmente cariogênicos, favorece o surgimento de inflamações”, completa Isabela Castro.
Só devo procurar o dentista após o segundo trimestre
Mito – Uma grande barreira encontrada pelas gestantes é a crença que grávidas não podem receber tratamento odontológico. “Deixar a cárie ou a periodontal seguirem livre curso durante a gestação, pode ser um grande risco para a gestante e também para o bebê. Por isso, vale lembrar que existem formas seguras para prestar uma assistência de qualidade à gestante”, comenta.
Problemas nas gengivas induzem o nascimento prematuro
Verdade – As bactérias por trás da periodontite podem viajar através do corpo através dos vasos sanguíneos, não ficando restritas apenas à boca. “Se um agente infeccioso chega até o útero de uma gestante, o sistema imunológico tende a aumentar a produção de prostaglandina, substância que induz o parto”, explica a odontologista da Yappy.
Gestantes não podem tomar anestesia
Mito – A anestesia deve ser ministrada por um cirurgião dentista, respeitando as restrições para a realização do procedimento Além disso, Isabela aponta que existem anestésicos mais indicados para as gestantes do que outros. “Porém, sempre que possível, convém evitar tratamentos mais invasivos no primeiro e terceiro trimestre de gestação, visando o bem estar da mãe e do bebê”, conta.
A gestação aumenta a possibilidade do surgimento de cáries
Verdade – Devido às alterações hormonais no período da gestação, existe um aumento de vascularização periférica, juntamente com a diminuição do fluxo e da ação protetora da saliva.
Outro ponto importante que deve ser levado em consideração, é que durante a gravidez, em muitos casos, ocorre a diminuição dos cuidados com a saúde bucal. Por isso, é essencial manter em dia a escovação, o enxágue e o uso de fio dental após as refeições.
Gravidez gera mau hálito
Mito – A gravidez não tem relação direta com o mau hálito, porém, processos ligados ao período de gestação, como boca seca, ingestão frequente de alimentos mais cariogênicos, e a falta da higienização correta da região bucal, podem acarretar em um possível cheiro forte. Por conta do enjoo, muitas grávidas também não conseguem fazer a higienização da língua de forma correta, o que pode favorecer o mau hálito.
É importante ir ao dentista durante a gravidez
Verdade – O acompanhamento odontológico é importante para a prevenção e tratamento de distúrbios já existentes. Esse cuidado evita possíveis transtornos que podem se agravar durante a gestação.
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