O pós-parto é um dos períodos de mais transformações na vida de uma mulher. Um milhão de coisas passam por nossas cabeças e nós temos ainda vários sentimentos para lidar. Sem dúvida alguma esse é um momento de muita felicidade para o casal, mas também há quadros de insegurança e medo.
A mãe, muitas vezes, é a pessoa mais envolvida em todas essas mudanças que a chegada de um bebê à família causa, por isso, muitas vezes a insegurança é inevitável.
A psicoterapeuta infantil e perinatal Paloma Vilhena explica a importância da mulher saber identificar um possível problema e que o autoconhecimento é essencial: “É importante entender de onde vem essas inseguranças. De onde vem essa voz que diz “você não vai dar conta”?. Ela pode vir de dentro – e ter a ver a personalidade, história de vida, e com a forma como a mulher interpreta os comentários e olhares, ou de fora – marido, familiares e sociedade em geral”.
As escolhas que precisam ser feitas também podem causar uma angústia e piorar o quadro de medo: “A infinidade de possibilidades de exercer a maternidade também pode trazer muitas inseguranças: “Devo montar o quarto montessoriano? “Faço cama compartilhada?”. É importante saber que não existe o jeito certo de ser mãe, existe o jeito possível – que faça sentido para cada família, e responsável – que satisfaça as necessidades do bebê.”, afirma Paloma.
Toda mudança nos causa uma série de novas sensações e em diferentes intensidades e isso é extremamente normal: “Sentimos insegurança diante de situações novas. Seria estranho não se sentir insegura diante de tantas mudanças internas e externas que ocorrem após o nascimento de um bebê! Tem o baby blues, que costuma passar com o tempo/adaptações e ocorre principalmente por causa das mudanças hormonais” explica a psicoterapeuta infantil e perinatal.
Porém, assim como qualquer outro sentimento prejudicial recorrente, é preciso saber identificar um possível problema e procurar ajuda quando necessário: “Mas, se os sentimentos e pensamentos de medo e fracasso não passarem e piorarem em intensidade e frequência, é importante realizar um acompanhamento psicológico, com uma profissional especializada nessa fase.”, finaliza Paloma.