Novembro Azul: o silêncio da depressão masculina

A depressão masculina ainda é um inimigo silencioso. Disfarçada de força, raiva ou vício, ela segue destruindo vidas em silêncio. Falar sobre o tema é mais que necessário — é uma urgência que pode salvar vidas.

O Novembro Azul vai muito além das fitas e fachadas iluminadas. É um movimento de conscientização que convida os homens a olharem para si mesmos — com atenção, prevenção e cuidado com a própria saúde.

A saúde mental masculina sempre foi um assunto varrido para debaixo do tapete. Desde cedo, muitos homens aprendem que devem ser fortes, calados e invulneráveis. Mas essa “máscara de ferro” tem um custo alto: o silêncio diante da dor emocional.

Os gatilhos da depressão nos homens

A depressão afeta todos os gêneros, não importando a faixa etária, mas no universo masculino a depressão, muitas vezes, pode ser causada pela pressão que o homem sofre em seu papel de provedor da família, isolamento afetivo e dificuldade para expressar os seus sentimentos, além de rupturas no relacionamento. Há também outros gatilhos da depressão masculina, como o abuso de álcool e outras drogas, fatores genéticos ou histórico familiar – Explica a Dra. Gesika Amorim, Pediatra, Pós-graduada em Neurologia e Psiquiatria, especializada em Tratamento Integral do Autismo em Neurodesenvolvimento.

Nos homens, a tristeza nem sempre é sinal de depressão, os sintomas muitas vezes não são claros; não é raro a depressão surgir disfarçada em formas menos perceptíveis, como:

– Falta de concentração

– Explosões de raiva e irritabilidade

– Abuso de substâncias

– Isolamento

– Dores físicas sem uma causa definida

– Pensamentos suicidas

O que mostram os números

Segundo o IBGE, no Brasil 5,1% dos homens já foram diagnosticados com depressão, porém, a maioria não faz tratamento; homens são as maiores vítimas de suicídio do que as mulheres. Segundo a OMS, mais de 322 milhões convivem com depressão no mundo, e apenas 1 em cada 3 recebe tratamento adequado; homens ainda são os que menos procuram ajuda.

Por que a maioria dos homens não busca ajuda?

O peso do estigma ainda afeta muitos homens, muitos acham que pedir ajuda é sinal de fraqueza. Já outros nem reconhecem que estão deprimidos, preferem achar que é estresse, cansaço ou apenas “uma fase ruim” – alerta Dra. Gesika Amorim.

Algumas estratégias recomendadas:

– Apoio psicológico e emocional

– Diálogos com familiares e amigos

– Grupos de apoio e de acolhimento

– Alimentação saudável

– Cuidados com o sono e exercícios físicos

É preciso entender que pedir ajuda é um ato de coragem, é o primeiro passo para a cura. Felizmente há caminhos que podem ajudar o indivíduo nessa jornada. Com o apoio certo, é possível viver com a qualidade e recuperar o equilíbrio emocional – orienta a Dra. Gesika Amorim.

Dra Gesika Amorim é Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental;  Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular – (Medicina Integrativa) e Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.

Insta: @dragesikaautismo

Somos Mãeshttps://somosmaes.com.br/
A Somos Mães é uma ONG e uma empresa do setor 2,5 que nasceu em agosto de 2014. Com o objetivo de informar e acolher, produz conteúdo que impacta diariamente mais de 300 mil pessoas. Tem dois projetos incentivados pela Lei Rouanet.

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