Especialista em sono do bebê explica que os casos não devem ser confundidos com acidentes durante o sono, além de apontar as diferenças e como tornar o ambiente mais seguro
A Síndrome da Morte Súbita Infantil (SMSI), também conhecida como morte súbita do lactente (MSL) ou morte no berço, ainda é um dos grandes mistérios da medicina e preocupa muitos pais. Apesar dos avanços na pediatria, a ciência ainda não conseguiu determinar exatamente o que leva bebês saudáveis a falecer inesperadamente durante o sono. Entretanto, a SMSI não deve ser confundida com acidentes relacionados a um ambiente de sono inseguro.
“Quando falamos em morte súbita, não podemos confundir com acidente de sono inseguro. A diferença entre um e outro é que a morte súbita não é consequência de um berço inseguro nem de algum acidente em cama compartilhada”, explica Eliana Dias, consultora materno-infantil e especialista em sono do bebê.
Ela completa: “A morte súbita tem sua causa ainda desconhecida pela ciência. Porém, é comum serem divulgados acidentes de sono inseguro como morte súbita”.
Entre os acidentes de berço que podem ser evitados, Eliana destaca alguns fatores que podem comprometer a segurança do bebê. “Acidentes de berço ou acidentes por ambiente inseguro, na grande maioria das vezes, estão ligados a queda do berço e objetos no seu interior, amamentação com a mãe deitada ao lado do bebê, principalmente, se for recém-nascido, engasgos, asfixias por aspiração de vômito, ou qualquer outro líquido, mas nada disso deve ser enquadrado em SMSI e sim a acidentes durante o sono”, esclarece.
Para reduzir os riscos, a especialista recomenda um ambiente de sono seguro e adequado para o bebê. Veja as dicas abaixo:
Berço livre de distrações
“Um ambiente saudável e livre de riscos deve conter um berço livre de fraldas e brinquedos, uma temperatura ambiente em torno de 24 graus e estar livre de poeira e mofo”, orienta Eliana.
Dormir com a barriguinha para cima
“Embora a Sociedade Brasileira de Pediatria ressalte que a posição correta para evitar a morte súbita seja a posição de ‘barriguinha para cima’, isso não é garantia de que a SMSI não aconteça, já que a síndrome não está ligada a nenhuma situação conhecida. Nas autópsias e nas investigações, nenhuma causa é encontrada. É isso que caracteriza a síndrome da morte súbita do lactente”, alerta.
Vigilância constante dos pais
“Quanto mais novo, mais o bebê precisa de cuidados e observação por parte dos pais. Se o bebê apresentar respiração rápida e ofegante, chiado no peito, tosse persistente, retrações intercostais, subcostais e supraesternais ou batimento das asas do nariz, um atendimento médico deve ser procurado imediatamente”, encerra Eliana Dias.


