A prisão de ventre varia muito de criança para criança, além do fator idade. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, para que seja considerada “prisão de ventre” em crianças por volta dos 4 anos, devem ser cumpridos no mínimo dois critérios durante dois meses consecutivos: menos de 3 defecações na semana, ao menos um episódio de incontinência fecal por semana, posturas ou atitudes retentivas para evitar a defecação, defecação dolorosa, fezes de grande diâmetro no reto ou palpáveis a nível abdominal e defecções excessivamente volumosas.
A obstipação intestinal, mais conhecida como “prisão de ventre”, é muito comum na infância e as causas pode ocorrer por diversos fatores: alimentação pobre em fibras, medo de evacuar por causa da dor com a fissura anal, insuficiente ingestão de líquido e pouca atividade física. A criança que está obstipada faz menos cocô que de costume, principalmente se já está há quatro dias sem evacuar e tem dificuldade para eliminar as fezes.
No entanto, há outros sintomas como excrementos duros e secos que fazem o bumbum doer, ou mesmo, fezes líquidas que só sujam a fralda ou a roupa de baixo. “Pode ser que a parte sólida das fezes esteja presa dentro dos intestinos, e só as líquidas consigam sair. É preciso cuidado para não confundir isso com diarreia, ” alerta a pediatra Loretta Campos.
Saber identificar a prisão de ventre é importante para corrigir o problema o quanto antes. Loretta Campos separou oito dicas importantes que poderão ajudar os pequenos:
1. Evite alimentos que prendem o intestino: arroz, banana, maçã e cereais. É salutar maneirar no leite;
2. Aumente as fibras com o consumo de produtos integrais, além de caprichar no mamão, ameixa preta e brócolis;
3. Ofereça muito líquido;
4. Incentive o seu filho a correr e brincar bastante;
5. Não force a barra para que seu filho abandone as fraldas se ele ainda não estiver preparado;
6. Instigue seu filho a ir ao banheiro quando tiver vontade. Se ele nunca sente vontade, faça-o passar dez minutos no penico ou na privada depois do café e do jantar;
7. Converse com o pediatra. Ele poderá sugerir um laxativo, lubrificante natural, fibras solúveis ou supositório;
8. Se as fezes do seu filho têm sangue, o pediatra poderá orientar um tratamento para combater a fissura anal.
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